Belo Monte :
petição do Cacique Raoni

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KAPOT-NHINORE : O TERRITÓRIO AMEAÇADO DO CACIQUE RAONI (comunicado e vídeo)

KAPOT-NHINORE : O TERRITÓRIO AMEAÇADO DO CACIQUE RAONI (comunicado e vídeo)

Le Cacique Raoni naviguant sur le fleuve Xingu, aux abords des territoires Kayapo défendus de haute-lutte © Gert-Peter Bruch

"URGÊNCIA AMAZÔNIA", uma campanha da ONG françêsa Planète Amazone, em parceria com o Instituto Raoni 
Dentre das grandes preocupações do Cacique Raoni durante a sua inda na Europa em novembre e dezembre de 2012, tinha o destino de um território de seu povo Kayapó : Kapot-Nhinore. Frente a inercia das autoridades do Brasil para tomar medidas para proteger esta zona ameaçada, ele decidiu apelar para a solidariedade dos Européus para financiar uma ação emergencial. Este apelo foi bem recebido e cerca de 800 generosos doadores permitiram que uma aldeia seja construida para securizar o território de Kapot-Nhinore.

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CACIQUE RAONI : conferência de imprensa "URGÊNCIA AMAZÔNIA" - episodio 1 
- Paris, Grenier des grands Augustins (atelier Picasso), 30/11/2012 -
intervenção do Cacique Raoni Metuktire, chef supremo do povo Kayapó e de Gert-Peter Bruch, presidente de Planète Amazone, a respeito do território Kapot-Nhinore


Uma realizaçao de James Amon para Amonimage Productions
Foco : James Amon,  Christophe Chauprade, Christophe Palluel, Mathieu Roger.

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"URGÊNCIA AMAZÔNIA", participantes da conferência de imprensa do 30 novembro de 2012 no Grenier des Grands Augustins (Atelier Picasso), Paris : Raoni Metuktire, Megaron Txucarramãe, Bemoro Metuktire, Nicolas Hulot, Gert-Peter Bruch (Planète Amazone), Philippe Desbrosses (Intelligence Verte), Jan Kounen, Frédéric Amiel (Greenpeace France), Ronak Monabay (Les Amis de la Terre) / Tradutores : Arkan Simaan, Marcia Bechara e Cécilia Gutel.


O território indígena de Kapot-Nhinore é um verdadeiro santuário para o povo Kayapó. Nos anos 1930, quand o futuro cacique Raoni nasceu, esta faixa de terra era perdida no meio de uma “floresta-continente”, distante varias centenas de kilómetros da mais próxima cidade dos “kuben” (“os brancos” na lingua kayapó).

Hoje, o desmatamento está chegando neste território sagrada, onde os pais e os ancestrais do cacique estão enterrados. Certas zonas foram colonizadas ilegalmente por fazendeiros. O governo brasileiro se comprometeu a realizar a demarcação de kapot-Nhinore, mas os Kayapós estão esperando há 18 anos que esta promessa seja cumprida. Da floresta em volta, só sobrou terras queimadas, plantios de soja ou pastos para bovinos. A pressão aumenta e a má vontade junta com a lentidão administrativa do governo deixam os Indios a mercê. O cacique Raoni imaginou então uma medida emergencial para salvar Kapot-Nhinore, um corredor estratégico que protege o acesso ao rio Xingu, o mesmo rio ameaçado pela hidrelétrica de Belo Monte a jusante.


 

 

Trechos extraidos da pasta de imprensa da campanha "URGÊNCIA AMAZÔNIA" :

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Kapot-Nhinore : O território ameaçado do cacique Raoni

 

Graças a sua primeira campanha internacional e a generosidade de doadores privados e institucionais, o cacique Raoni conseguiu em 1993 unificar e proteger os territórios indígenas espalhados na região do Xingu (o que os tornava vulneraveis) com sua demarcação. Inscrita na constituição brasileira, esta demarcação é uma necessidade para impedir invasões e desmatamentos ilegais. Um processo caro que os sucessivos governos deixam de assumir, o que gera a colonização selvagem que invade as terras cobiçadas. Os territórios que o Cacique Raoni conseguiu reunir formam a maior zona protegida de floresta tropical no mundo. Um baluarte contra o desmatamento, como o demostram fotos de satélites.

 

1994-2013, 19 anos de promessas e de tramites para um território ainda na mira dos prospetores e dos fazendeiros

Mas esta zona está hoje ameaçado por causa do processo interrompido de demarcação. Desde 1993, o povo Kayapó está esperando a homologação um território ancestral chamado Kapot-Nhinore, onde nasceu o Cacique Raoni e onde estão enterrados seus pais. Reconhecida como terra indígena, esta estreita faixa de terra de mais de cem kilómetros proibiria aos invasores o acesso ao rio Xingu, cujo dependem todos os povos desta zona protegida. O pedido de homologação foi feito pelo povo do cacique Raoni em 1994. Terá precisado 10 anos para que a Funai manda uma missão no local. O relatório desta missão nunca foi comunicado aos Kayapós, e desde então, o processo está paralizado. oficiais avisaram o Cacique Raoni que eles não poderão intervir antes de anos. Mas as novas leis que a administração do governo Dilma pretende criar mostra que na verdade o país deseja reduzir os territórios já demarcados.

A presença do Cacique Raoni ao evento Rio+20 parece ter provocado algumas mudanças. Um julgamento foi pronunciado contra a Funai neste dossiê de Kapot-Nhinore : ela tem a obrigação de iniciar nos mais breves prazos um novo processo de identificação. Uma missão preparatória foi então realizada do 17 de outubro ao 3 de novembro de 2012. Arque[ologos estão sendo esperados em março. O resultado de suas pesquisas deverá validar a presença de populações indígenas nesta zona.

Mas, mesmo sendo finalizado um dia, este processo demorará tempo. Este território esta sofrendo há alguns anos invasões de fazendeiros, garimpeiros, madeireiros e pescadores, frequentemente fortemente armados, que acessam aos territórios indígenas pela via fluvial não protegida. Quanto mais o tempo passa mais difícil fica a desintrusão. Os Indios do Xingu são abandonados. O Brasil não respeitando suas obrigações constitucionais, o Cacique Raoni lançou em feveireiro de 2012 um apelo de emergência internacional (divulgado na França por Planète Amazone e Nicolas Hulot) que permitiu evitar um banho de sangue entre fazendeiros e Indios. Mas por quanto tempo ainda?

 

Construção de uma aldeia em Kapot-Nhinore : com a ajuda dos Européus, o cacique Raoni lança um procedimento emergêncial para proteger os territórios Kayapós ameaçados

Porque é preciso que os Indios sejam responsáveis de seu destino, o Cacique Raoni e seu povo decidiram informar a opinião pública europeia sobre esta situação et lançaram um apelo a generosidade durante esta últimas campanha na Europa (nov-dezembre de 2012) para que possam construir no território Kapot-Nhinore uma aldeia permitindo a fiscalização da área. Esta operasção, a mais realista e eficiente para evitar as invasões, foi um sucesso. Ela teve o mérito de informar sobre as violações de seus direitos elementares sofridas pelas populações indígenas da Amazônia. A entrega da aldeia está prevista para maio de 2013, e é só uma etapa rumo a uma tão esperada demarcação.

O Cacique Raoni espera que uma pressão internacional exercida sobre o Brasil permita terminar a obra de toda sua vida e que os numerosos pedidos de demarcação estejam atendidos em breve.

 

Ler também :
O CACIQUE RAONI PODERÁ CONSTRUIR A ALDEIA DE KAPOT-NHINORE E PROTEGER SEU TERRITÓRIO... GRAÇAS A VOCÊS!

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* Planète Amazone, associação que se dedica à proteção das florestas tropicais et dos seus povos, repercutindo na Europa e em todo o mundo, a luta do Cacique Raoni através do seu site oficial (que administra) e através de ações orientadas.  


- Traduzido por Chico Libri -

Date : 15/02/2013

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