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A EDF vai mesmo construir grandes barragens na Amazônia

A EDF vai mesmo construir grandes barragens na Amazônia

Em resposta ao anúncio da participação da EDF no complexo de barragens no Rio Tapajós, Planète Amazone convoca a divulgar amplamente essa imagem, "de todas as formas possíveis".

Fonte : Observatoire des Multinationales
Há varios meses falava-se muito no assunto. Agora a EDF acaba de oficializar sua entrada no setor bastante controverso das grandes barragens na Amazônia brasileira. A companhia energética francesa comprou 51% das partes do consórcio encarregado de construir a barragem de Sinop, na bacia do Rio Tapajós, um afluente do Rio Amazonas. Na mira da EDF estão os leilões de duas outras barragens, ainda mais importantes, na mesma região: São Luiz do Tapajós e Jatobá.

Ao mesmo tempo, um estudo realizado sobre a barragem de Nam Theun 2, construída pela EDF no Laos, confirma os receios dos ambientalistas quanto ao impacto climático real das grandes barragens tropicais.

O jornal oficial do Brasil confirmou a aquisição pela companhia energética francesa EDF de 51% das partes do consórcio encarregado de construir a barragem de Sinop (400 MW), no rio Teles Pires, na bacia do Rio Tapajós.

Como o Observatório das Multinacionais havia explicado há varios meses, já faz algum tempo que a EDF deseja se lançar no setor das grandes barragens na Amazônia, apesar das controversas ambientais, da resistência das populações indígenas e das questões quanto aos impacto desses projetos em termos de direitos humanos.

Barragens ainda mais importantes em vista

Além do caso emblemático da barragem de Belo Monte, são dezenas de novas barragens que o governo brasileiro e os interesses industriais querem construir na Amazônia, principalmente na bacia do Rio Tapajós. Esta bacia, ainda relativemente preservada, abriga uma biodiversidade única e dezenas de milhares de indígenas. Uma ONG estima que a construção das barragens vai acarretar, direta ou indiretamente, a perda de 950 000 hectares de floresta virgem.

O governo brasileiro, aliás, acaba de confirmar que os leilões para a maior barragem projetada na região - São Luiz do Tapajós (6100 MW) - vão ser realizados no dia 15 de dezembro de 2014, para entrar em funcionamento em 2019-2020. Os leilões para a barragem de Jatobá (2300 MW) devem acontecer em seguida.

A EDF (assim como a GDF Suez) é uma das candidatas declaradas à construção dessas novas megabarragens. As duas empresas francesas participaram também - em condições muito problemáticas - do grupo de empresas encarregado de realizar os estudos de impacto.

As grandes barragens tropicais não são « limpas »

A EDF quase não comunica publicamente na França suas ambições internacionais no setor hidroelétrico. Além da Amazônia brasileira, a companhia pública está envolvida em projetos contestados pela sociedade civil na Africa, especialmente em Moçambique e em Camarões.

Esses investimentos da EDF - que tenta igualar-se a sua rival GDF Suez, muito mais envolvida no setor das grandes barragens brasileiras - se justificam ao menos do ponto de vista da luta contra as mudanças climáticas e da promoção de uma energia « limpa »?

Infelizmente, um estudo do CNRS - realizado sobre o projeto hidroelétrico mais emblemático da EDF no contexto internacional, a barragem de Nam Theun 2 no Laos! - acaba de confirmar os receios dos ambientalistas: as barragens tropicais, devido à decomposição da vegetação nas represas, liberam quantidades muito maiores do que se supunha de metano, um gás com efeito de estufa mais potente que o CO2.

Olivier Petitjean


© Observatoire des Multinationales - traduzido por Ana Luisa Sa / artigo original

 

Planète Amazone convida a divulgar a imagem abaixo

em sinal de protesto contra a entrada da EDF  no mercado

das grandes barragens amazônicas no Brasil

Depois de Belo Monte (Alstom) e Jirau (GDF-Suez), a França dos especuladores que nos envergonham reaparece. Mas desta vez é mais grave pois a EDF, que possui agora 51% do capital da barragem de Sinop e deseja participar dos leilões das duas outras barragens gigantes no Rio Tapajós, é uma empresa com 84% de participação estatal!

Cerca de um milhão de hectares de floresta primária e dezenas de milhares de indígenas e ribeirinhos sofrerão o impacto do complexo de barragens do Rio Tapajós, ou seja, ainda mais que na região de Altamira, fulminada pela desastrosa barragem de Belo Monte.

Convidamos a divulgar sob todas as formas a imagem 'STOP TAPAJOS'. Email, cartazes, adesivos...

 

stop tapajos

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Date : 16/09/2014

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