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O CACIQUE RAONI : A FLORESTA COMO LUTA (comunicado e vídeo)

 

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CACIQUE RAONI : conferência de imprensa "URGÊNCIA AMAZÔNIA" - episodio 1 
- Paris, Grenier des grands Augustins (atelier Picasso), 30/11/2012 -
intervenção do Cacique Raoni Metuktire, chefe supremo do povo Kayapó.

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Uma realizaçao de James Amon para Amonimage Productions
Foco : James Amon,  Christophe Chauprade, Christophe Palluel, Mathieu Roger.

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"URGÊNCIA AMAZÔNIA", participantes da conferência de imprensa  do 30 novembro de 2012 no Grenier des Grands Augustins (Atelier Picasso), Paris : Raoni Metuktire, Megaron Txucarramãe, Bemoro Metuktire, Nicolas Hulot, Gert-Peter Bruch (Planète Amazone), Philippe Desbrosses (Intelligence Verte), Jan Kounen, Frédéric Amiel (Greenpeace France), Ronak Monabay (Les Amis de la Terre) / Tradutores : Arkan Simaan, Marcia Bechara e Cécilia Gutel.

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Trechos extraidos da pasta de imprensa da campanha "URGÊNCIA AMAZÔNIA" :

 

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O cacique Raoni : A floresta como luta

 

Seu disco labial que ele usa desde que tem 15 anos, é conhecido no mundo inteiro. Como um símbolo de sua luta de toda a vida para defender sua terra, a floresta amazônica e os seus, os povos indígenas.

O cacique Raoni Metuktire, cujo verdadeiro nome é Ropni Metyktire, é um dos grandes caciques do povo Kayapó (o ramo Metuktire) vivendo no coração de uma reserva protegida no território brasileiro.

Nascido por volta de 1930 na aldeia Krajmopyjakare (hoje chamada de Kapôt), localizada no estado do Mato Grosso, raoni é um dos filhos do cacique Umoro. Depois de infancia nomade marcada por varias guerras tribais, o jovem raoni e os outros membros da tribo Metuktire encontram pela primeira vez ocidentais em 1954. Os irmãos Villas Bôas, famosos indigenistas, lhe ensinam a lingua portuguesa e o preparam para enfrentar a invasão dos Kuben (“os outros”, “os brancos”).

 

1989, uma campanha planetária para salvar a Amazônia

Seu encontro com o cantor Sting, que o visita no Xingu em 1987, vai propulsar sua luta na cena internacional. Em feveireiro de 1989, em Altamira, ele se opõe ao projeto de barragem de Kararao que é finalmente abandonado graças a uma gigantesca assembleia dos chefes indígenas que marcou a historia. O cacique Raoni pude divulgar sua mensagem na escala planetária durante uma turnê mundial histórica com Sting, de abril a junho de 1989 em 17 países.

Em 1993, ela realiza seu sonh : unificar os territórios indígenas do Xingu, aqueles já demarcados e os que não o são ainda. Isso constitui a maior reserva de floresta tropical protegida do planeta (180 000 km2). Esta primeira campanha internacional permite também um larga tomada de conciência do grande público. Sua mensagem foi reforçada com seus encontros com chefes de estado , dentre os quais o presidente francês François Mitterrand (Jacques Chirac apoiará também sua luta para depois, em 2010, via Fundação Chirac, apoiar a criação de um instituto com seu nome; Raoni obtiverá o estatuto de cidadão de honra da cidade de Paris et receberá a medalha da assembleia nacional francesa em 2011).

Estando se tornado ambaixador da luta para a proteção da floresta amazônica, e além disso, da preservação ambiental e da cultura de todos os povos indígenas, o cacique Raoni efetuou varias viagens desde 1989. mas os encontros com os poderosos não mudaram seu modo de vida : Raoni continua vivendo na sua oca, não possui nada e distribui todos os presentes que ele recebe.

 

2009, a oposição à hidrelétrica de Belo Monte traz de volta o Cacique Raoni na frente das notícias internacionais

Em 2010, numa entrevista a TFI (canal de TV francês), o cacique Raoni declara a guerra ao projeto de hidrelétrica de Belo Monte que ameaça os territórios indígenas nos entornos do rio Xingu. No seu site oficial, ele lança um abaixo assinado internacional. No autono 2012, já tinha recolhido ums 400 000 assinaturas e o cacique Raoni conseguiu o apoio de personalidades francesas (Vincent Cassel, Nicolas Hulot, etc) e internascionais (James Cameron, cujo film Avatar se inspira da luta de Raoni e dos Kayapós, Sigourney Weaver, ASrnold Schwarzenegger). “Enquanto viverei, continuarei lutando contra este projeto” explica em junho de 2011. “A presidente Dilma terá que me matar frente ao palacio do Planalto. Aí, poderão construir Belo Monte.” Com sua nova turnê europeia em dezembro de 2012, o cacique Raoni continua sua luta para a preservação da floresta amazônica e da cultura dos povos indígenas contra a barragem de Belo Monte. A obra de sua vida. Para o bem da humanidade.

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* Planète Amazone, associação que se dedica à proteção das florestas tropicais et dos seus povos, repercutindo na Europa e em todo o mundo, a luta do Cacique Raoni através do seu site oficial (que administra) e através de ações orientadas.  

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- Traduzido por Chico Libri -